segunda-feira, 23 de junho de 2014

Contributo da Opus Gay

PAPA FRANCISCO,16 JUNHO 2014

"Não podemos tolerar que os mercados financeiros decidam a sorte dos Povos, em vez de responderem às suas necessidades, e que um pequeno número de pessoas possa amassar grandes fortunas graças à especulação."

Cidadãos e cidadãs!  

É o  Papa Francisco  que  nos dá o mote dos tempos que estamos passando, relativamente à grave crise que aflige a Humanidade, aflige os cidadãos e martiriza os portugueses. 
O momento que vivemos é de austeritarismo assassino, austeridade dizimadora do quotidiano dos nossos cidadãos e muito particularmente das minorias, e em especial dos LGBT.

A luta mais global que travamos neste momento é contra a homofobia, pois nuns países mata, noutros proscreve e noutros discrimina.

A crise económica, social e política que atravessamos apela à unidade das forças que temos, para destruir os novos fascismos, os novos totalitarismos mascarados de fundamentalismos religiosos, ideológicos e económicos, sejam eles muçulmanos, cristãos ou judeus. 

Temos de  lutar definitivamente contra a homofobia como luta global, travada a diferentes níveis, por todos os cidadãos que respeitam os Direitos Humanos, independentemente das orientações sexuais, pois sem o respeito dos direitos humanos não há Democracia. Aqui em Portugal, a Igreja Católica tem a sua responsabilidade e ainda não ouvimos dos nossos bispos as palavras conciliadoras do Papa.

Este é o momento de apelar a todos, nomeadamente aos LGBT, para que se consciencializem, participem  na vida pública, e reivindiquem os direitos que nos querem retirar, sem prejuízo de cumprirmos a todos os níveis as nossas obrigações,  como cidadãos de pleno direito.

Até ao presente, graças à nossa presença na Comunidade Europeia, conseguimos avanços importantes no plano da igualdade e da cidadania, mas ainda há caminhos a percorrer. 
Não podemos deixar passar o problema da adoção e coadoção, o problema na discriminação de sangue pelos gays, o problema da violência doméstica no casal ou na família – praga social que atravessa a nossa sociedade, sem olhar a classes – o problema do machismo  que aflige as mulheres, o problema da discriminação no local de trabalho, o problema do desemprego de que são vítimas os LGBT, prioritariamente, e na área dos Afetos a necessidade de uma educação para o Amor, para além da educação sexual nas escolas.

A OPUS GAY, consciente do difícil momento histórico que atravessamos em Portugal, tem como obrigação moral e ética lutar com os portugueses para a reconquista dos direitos perdidos e pela Igualdade, e lutar pelos e com os LGBT portugueses, de toda a Europa, e de todo o mundo, em prol do respeito pelos jovens nas escolas vitimas de bullying, pelos idosos LGBT cada vez mais isolados na nossa sociedade e a precisarem de uma solidariedade efetiva.

Solidariedade também com os   bis casados, que se auto-obrigam a uma clandestinidade e duplicidade destrutiva, Com os LGBT isolados nas aldeias e vilas deste país, onde o ruralismo atávico não lhes permite a assunção plena de uma sexualidade construtiva, de uma vida plena e feliz, que possa contribuir para o bem-estar individual e coletivo dos redes sociais em que estamos todos inseridos, e enfim, com as ONG e Associações  que trabalham  neste setor e se sacrificam  diariamente para consciencializar e defender todos e todas das dificuldades que atravessamos. 

Caros cidadãos, caros amigos, caros LGBT, todos os dias, a Luta Continua. 

20 de Junho de 2014